“Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)

Guilherme José Chaminade, ao sentir tão especial afeto maternal de Maria, não podia deixar de tomar como fonte e base para sua própria vida e obra as palavras da santíssima Virgem aos servidores de Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2, 5).

Chaminade comenta, no encerramento do retiro de 1827, as palavras de Maria: Fazei tudo quanto ele vos disser (Jo 2, 5): “Quer dizer, fazei qualquer coisa que seja mandada, ainda que pareça estranha à razão. É como se dissesse: ‘Tenham fé nEle’”. Tais são, segundo Chaminade, as palavras que a Virgem nos dirige como seus filhos: Fazei tudo quanto meu Filho vos disser. Mas, como nos falará Jesus Cristo? A resposta é pela fé. É necessário escutar, pois, o que a fé nos diz, recorrer à fé e colocar em prática o que ela nos ensina; assim faremos o que Jesus nos disser.

Pelos métodos de oração de Chaminade: na oração de fé e na meditação do Creio escutamos o Senhor, e depois devemos colocar em prática suas palavras. Assim, da escuta nasce o impulso missionário: “Nossa obra é grande, é magnifica. Se é universal, é porque somos os missionários de Maria, que nos disse: Fazei tudo o que Ele vos disser. Sim, todos somos missionários. A cada um de nós a santíssima Virgem assinalou uma tarefa para trabalhar pela salvação de nossos irmãos no mundo” (Carta, 24-VIII-1839).

Assim, sob a direção de Maria, precedendo necessariamente a escuta atenta da palavra do Senhor, segue a oferenda confiada da própria missão sob a proteção da santíssima Virgem:

"Todos sois missionários, cumpram vossa missão! Os verdadeiros missionários não devem contar de nenhum modo somente com suas próprias forças, com seus talentos e sua inteligência. Devem colocar sua confiança na graça de sua missão e também na proteção da santíssima Virgem, porque estão trabalhando na mesma obra pela qual ela foi elevada à maternidade divina". (Ofício de leituras da festa do beato Guilherme José Chaminade).